O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou pelo Twitter que assinará hoje os dois primeiros decretos após a aprovação, anteontem, na Assembleia Nacional, da Lei Habilitante, que dá o 'superpoder' ao Executivo de legislar sobre alguns assuntos pelo prazo de um ano.
Um dos decretos será a Lei de Custos, Lucros e Estabelecimento de Preços. O texto determinará que o lucro dos negócios privados da Venezuela deverá ficar dentro de uma margem de 15% a 30%, no máximo.
O outro decreto criará uma instituição que vai fiscalizar e supervisionar o fluxo de dólares negociados no câmbio oficial, atualmente em 6,3 bolívares fortes por dólar. A cotação está bem abaixo das transações realizadas no mercado negro pela população venezuelana.
No Twitter, Maduro disse que "a oligarquia reagiu com desespero". "Eu convoco uma ofensiva para continuarmos adiante sem cair em provocações burguesas."
O presidente afirmou também que, neste fim de semana, fiscais do governo farão novas inspeções em estabelecimentos comerciais para monitorar preços.
No início deste mês, o presidente declarou uma "guerra econômica" contra empresários e comerciantes, acusados de inflacionar preços de produtos importados. A economia tornou-se o assunto central no país, às vésperas de eleições municipais, marcadas para 8 de dezembro.
O líder oposicionista Henrique Capriles convocou ontem uma marcha de protestos em todo o país, "contra a a crise e a corrupção do governo".
Segundo Capriles, o país não pode "colocar-se de joelhos diante de um punhado de corruptos sem-vergonha".
Estudante: Kyenan Rapaaki Burtet
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